terça-feira, 26 de agosto de 2008

Olimpíadas de Pequim

Parece que até outro dia, estávamos todos ansiosos à espera dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. E hoje, as Olimpíadas de Pequim já acabaram. E, apesar das derrapadas, pode-se dizer que os Jogos de 2008 marcaram o esporte brasileiro de um jeito positivo.

César Cielo, da natação, Maurren Maggi, do salto em distância, e as meninas do vôlei trouxeram medalhas douradas inéditas e emocionaram a todos com suas lágrimas incontidas. A guerreira Natália Falavigna colocou o Brasil pela primeira vez no pódio do taekwondo, Fernanda e Isabel trouxeram a primeira medalha feminina na vela, enquanto Ketleyn Quadros foi pioneira duas vezes: inaugurou o placar para o Brasil em Pequim e ainda se consagrou como a primeira mulher brasileira a conquistar medalha olímpica em provas individuais.

E se, no lugar do tão desejado ouro, veio a prata em algumas modalidades, nossos atletas não deixaram de nos encantar com sua raça e força de vontade. Marta, ao olhar para o céu e indagar “Deus, o que foi que eu fiz de errado?”, nos provou, mais uma vez, que no esporte, nem sempre quem joga melhor acaba vencedor. O vôlei masculino perdeu o ouro olímpico, mas não perdeu a raça e determinação e nem decepcionou. Afinal, eles podem. O mesmo aconteceu no vôlei de praia e em tantas outras modalidades que, até outro dia, nem sabíamos que tínhamos atletas brasileiros, como Yane Marques do Pentatlo Moderno.

Em Pequim, tivemos, sim, nossas decepções, que deixarão cicatrizes até Londres 2012. As Ginásticas Artística e Rítmica, os Saltos Ornamentais, o Salto com vara e, claro, o futebol masculino. No entanto, sabemos que “faz parte”. Em um país como o nosso, onde o esporte não passa de entretenimento, os nossos atletas precisam ser mais do que heróis para chegarem aonde chegaram.

Nas Olimpíadas 2008, o Brasil ficou com 15 medalhas, cinco a mais que em Atenas 2004, mas conquistou apenas três de ouro, duas a menos do que na edição passada dos Jogos. No entanto, os atletas brasileiros quebraram tabus e mostraram que, de vez em quando, vale a pena ser patriota e se emocionar ao ver nossos atletas no topo do pódio - e, por que não, do mundo - ao som do Hino Nacional.

Em Pequim, o Brasil...

• Conquistou a primeira medalha de ouro feminina em competições individuais com Maurren Maggi (salta em distância).
• Foi campeão da natação pela primeira vez com César Cielo.
• Conquistou o primeiro ouro do vôlei feminino.
• Ganhou a primeira medalha feminina de todos os tempos em competições individuais com Ketleyn Quadros (Judô).
• Trouxe a primeira medalha do taekwondo com Natália Falavigna.
• Chegou ao pódio pela primeira vez na vela feminina com Fernanda Oliveira e Isabel Swan.


(25 de agosto de 2008)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Believe

Some time ago, a friend said to me that I should believe in myself and in my abilities. That I should fight for what I want and do whatever I picture myself doing.

Some time ago, I posted these same words here and, since then, I’ve thought about the same questions, the same doubts. “What do I picture myself doing?”, “What am I good at?”.

May be, in this time I’ve been thinking about these things, I could find some answers to the questions on my mind. But there are so many things about me that I still don’t know. I still don’t know what I am good at. And I don’t think I’ll discover it very soon.

What I know is what everyone should: I want and I need to believe in my dreams. It doesn’t matter what it is…I just need to believe.

(21 de agosto de 2008)

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Alvinegro

“Muitos anos depois, o então tenente Porfírio da Paz definiu as cores do Corinthians como alvipreto. Nas cores do time, haveria uma simbologia que não desaparece: o branco representaria a alvura do grande amor que seus adeptos sempre lhe dedicaram e lhe dedicarão, num páreo dignificante de carinho e dedicação; o preto, as horas amargas do sacrifício e das lutas que se travaram durante a existência do clube.”

Corinthians, o time da fiel, de Orlando Duarte e João Bosco Tureta

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Extraordinário

"I am looking for something more extraordinary than this."

Bridget Jones - Bridget Jones's Diary

São Paulo 1910

"Naquele 1910, segundo Barros Ferreira, a população da cidade era de 375 mil habitantes, em grande parte formada por imigrantes e seus descendentes, chegados ao Brasil em fins do século XIX. São Paulo contava com apenas 32.914 prédios, e o mais alto tinha três andares."

Corinthians, o time da fiel, Orlando Duarte e João Bosco Tureta

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Faraway

"Faraway, where tears are exhausted."

Ichi Rittoru no Namida

A gente cresce e nem percebe

O tempo chuvoso e preguiçoso de ontem quase fez com que eu voltasse para casa direto, sem antes passar na faculdade. Mas, mais uma vez, venci essa batalha tão corriqueira e apareci na aula como deveria.

Na volta, peguei o metrô na estação Sé e, como de costume, parei próxima à porta e segurei no apoio à minha esquerda. Quando o trem saiu do lugar, a pessoa que estava ao meu lado quase caiu. Olhei pra ela e ela olhou pra mim com aquela cara de 'oops, essa foi por pouco'. E foi aí que eu a reconheci: Patrícia havia estudado inglês comigo há uns dois anos e, desde que ela parou as aulas, nunca mais a tinha visto.

Ela era uma aluna até aplicada, mas o que eu achava legal mesmo nela era a forma como se vestia. Patrícia é baixinha como eu, magra e estava sempre de calças largas, blusinhas básicas e tênis de mano. Talvez, não tenha nada a ver comigo, mas sempre curti esse tipo de estilo, despojado.

Mas ontem, quando a vi, percebi que ela não havia mudado muito mas, também já não era mais a garota estilosa que eu conheci. Vestia roupas normais, de gente que cresceu e foi obrigada a deixar alguns gostos pra trás: calça social, sobretudo preto, camisa branca, bota bico fino com direito a crachá pendurado no pescoço.

Foi aí que eu olhei o meu reflexo na porta do trem e me dei conta que eu também não sou mais a mesma menina de dois anos atrás. Agora, eu também visto roupas de gente que cresceu e foi obrigada a abandonar antigos gostos. E todas as minhas idéias, princípios, sonhos e vontades foram renovados junto com as roupas que eu guardava no meu armário.

E então eu percebi algo que eu já deveria saber: eu cresci. E a Partícia também. Não tem como fugir, tem?

(08 de agosto de 2008)